Randolfe Rodrigues
(Psol Amapá)
No início dos anos 90, a geração cara pintada dava os primeiros
passos pelas ruas do Brasil nas frentes de luta do movimento estudantil.
No Amapá, um garoto magrinho, com cabelo bem preto e espetado, de
sotaque pernambucano, liderava as passeatas pelo Fora Collor, organizava
grêmios nas escolas secundaristas e se metia em todo tipo de debate
político que aparecia pela frente. Entre os 13 e os 16 anos, o jovem
Randolph Rodrigues – o “ph” do nome foi substituído por “fe” quando se
tornou candidato a cargo eletivo – já era a mais barulhenta liderança
estudantil em Macapá.
Filho de sindicalista do PT, cedo rompeu com a corrente do pai, o
urbanitário Januário Martins, para se juntar aos grupos mais à esquerda
do partido. Mas, isso não o fez menos obediente em família. Até hoje,
Januário cerca o filho de cuidados, fiscaliza a saúde e cobra a presença
de Randolfe nos almoços e celebrações familiares. Do tempo que
pedalava uma bicicleta velha até o campus da Universidade Federal do
Amapá, onde cursou História, aos dias de hoje, Randolfe tem a mesma
impressionante paixão pela política. Mestre em Políticas Públicas,
também se graduou em Direito para compor o arcabouço de conhecimentos
necessários para seu mister.